sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Raciocínio...

Hoje muitos homens e mulheres vivem sob ilusão de ótica... Surrealismo... Sabe como é? A verdade parece tão distante, que se torna vergonhosa e a mentira toma o seu lugar...
O certo passa a ser errado, porque o errado passa a ser costumeiro. Assim, a cria tem tomado o lugar do Criador nos corações de muitas pessoas, e o que antes era justo, fica esquecido, como num estado inanimado.


Jorge Amaral

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Nudez





Ainda te vejo...
Vestida de luz, como ao nascer do sol,
Na mais sutil das probabilidades, 
Com a  lucidez de um sonho real.
E beijos líricos,  na minha insensatez.
E te sinto , te tenho, te vejo.
Como estrofe poética num papel machê.
Que exita meu instinto animal,
E sei que mais e mais te quero.
Sentindo que não te mereça.
Teu corpo, tua pele, tua voz,
Sob o comando dos meus pensamentos.
Desnudando teu ser e enlouquecendo minh’ alma.



Jorge Amaral

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Observação

Enfim descobri que, onde faltam livros, lápis e borracha; sobram armas, munições e "maracutaia".

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Indescritível

Alma pura que sem mim, partiste.
Hoje repousas em teu leito docemente.
Vivo eu, aqui na terra triste,
E tu vives no céu,  certamente.

Tu te foste a luz da lua.
Quando pássaros dormem e lobos gemem,
Fiquei sozinho numa deserta rua,
Como uma canoa, sem ter quem remem.

Foste para sempre, foste de verdade.
Mas teu riso, ficou para sempre.
Tive teu frescor, tua majestade.
Que foi o teu maior presente.

E vivi dias, como num sombrio tempo
Porque te foste, me deixando ao léu.
Mas me alegro, recebi o alento,
Porque sei, que me esperas no céu.


Jorge Amaral (1992)




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Corpo e alma


Minha alma, é amor,

Meu corpo, paixão.

Minha alma, é alívio,

Meu corpo, tensão.

Minha alma, é realidade,

Meu corpo, delírio.

Minha alma, é voz.

Meu corpo, sussurro.

Minha alma, decide,

Meu corpo, anseia.

Minha alma, é brandura,

Meu corpo, implacável. 

Minha alma é poesia, 

Meu corpo, desfecho

Minha alma, e meu corpo.

Corpo e alma.



Jorge Amaral.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

2000

"Um dia as pálpebras dos meus olhos fecharão, e dormirei eternamente."

Expectativas...





Quero  coisas lúdicas e loucamente perigosas,
Coisas que encham longamente o coração.
E contar-te o amor, que tu’ alma dengosa,
 Anseia ardentemente, ao som duma canção.

Anoitecer e amanhecer, como navio no mar.
Ou embrenhar por tuas águas misteriosas
Nas maravilhas de tuas curvas navegar.
E amar... Amar sonhos e coisas perigosas.

Dizer-te calmamente tudo que eu fiz,
Num tempo da doce coisa de amar.
Envolver-te em meu sonho aprendiz.

Velejar na vereda, ora misteriosa.
Que embora leve-te a sonhar.
Loucamente as coisas mais gostosas.


Jorge Amaral

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Visão

Rumo agora, a um mundo esquecido,
Um medo, percorre o meu ser.
Tudo que vejo, e que tinha esquecido.
Hoje revivo,  vendo você.

K... Conserto a palavra que exprime um sentimento,
E ilumino-a com sonhos e devaneios,
Leves sonhos, e todos os sentidos em silêncio,
Linguagem usada, no amor, que anseio.
E a realidade, restaura-se num momento.

Fatalidade, eu a vejo como a algoz de meus infortúnios, 
Onde ela é totalmente previsível, se vivemos.
Nunca discernimos, a precaução do coração,
Simplesmente amamos para que nos imunizemos.
Expurga-se os sonhos, lentamente numa noite fria.
Convicto de que a racionalidade é um imã.
Argumentando que, se  não acreditar, tudo está perdido.




Jorge Amaral





sábado, 2 de fevereiro de 2013

Loucuras errantes

Há tempos nulos e sonhos  desfeitos,
E realidades se tornam tardias. 
Há medo e desamor, 
Há desilusões e rebeldia.
Há momentos e nada mais,
E sentimentos de amor fragilizado.
Há respostas e esperanças.
De um mundo envolto no passado.
Há nomes e inseguranças...
E sobrenome e esperança alcançada..
Há Camila, Lívia e Maristela,
E Fernanda, Ruth de Alvorada.
Há certeza e percepção.
Há loucuras na chegada.
Há encontros e meia-volta.
Numa visão à beira da estrada.


Jorge Amaral