sábado, 16 de julho de 2016

NEUTRALIDADE


Quando partiste, minha alma chorava,
Meu corpo padecia, incontrolável, sem tino.
Me sujeitei  a uma súbita paixão.
E recebi respostas, profundas e lógicas,
Mas estas eram,  apenas ilusão.
Te mostravas  pura, num sentimento profundo,
Sem códigos, ou algemas, ou prisão,
Na areia do lago, te perdias em meus abraços,
Então te foste, sim, seguida de flores.
À luz da lua, que sempre me olha.
E controlando, claramente, meu coração.
Venha, menina malvada, alma minha,
Teu retorno é o que espero.
Nas asas do vento, no seio das nuvens,
E eu te anseio, como tudo que quero.
Minha alma enlaça com a tua, alma minha,
Para hoje, não te perder,
Para a gente não se perder,
Se a lua se apagar...


                                           Jorge Amaral

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