MOÇA
DA JANELA
Ao passar
numa velha rua,
Vi uma
moça na janela,
Numa intimidade
sua,
Bem faceira
que só ela.
Essa rua, na verdade,
Era mesmo uma ruela,
E
tinha pouca idade,
Essa moça da janela.
Moça, não
fique assim,
A olhar para
o vazio,
Porque, se
olha pra mim,
Eis que
sinto um calafrio.
Essa moça da janela,
Parecia um turbilhão,
Com cores d’ uma aquarela,
Conquistou meu coração.
E a moça da
janela,
Tão viva,
entoou um canto,
Demonstrando
como só ela,
Da vida,
todo encanto.
Moça, não fique ao léu,
Ficar à janela te cansa,
Se tu és a Rapunzel,
Onde está a tua trança?
Jorge
Amaral
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