sábado, 27 de agosto de 2016

MOÇA DA JANELA



Ao passar numa velha rua,
Vi  uma moça na janela,
Numa intimidade sua,
Bem faceira que só ela.

Essa rua, na verdade,
Era mesmo uma ruela,
E  tinha pouca idade,
Essa moça da janela.

Moça, não fique assim,
A olhar para o vazio,
Porque, se olha pra mim,
Eis que sinto um calafrio.


Essa moça da janela,
Parecia um turbilhão,
Com cores d’ uma aquarela,
Conquistou meu coração.

E a moça da janela,
Tão viva, entoou um canto,
Demonstrando como só ela,
Da vida, todo encanto.

Moça, não fique ao léu,
Ficar à janela te cansa,
Se tu és a Rapunzel,
Onde está a tua trança?





                                           Jorge Amaral

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