terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Enfim, a saudade...

Quando tudo se acabar,
E a dor, emfim, me torturar,
Sobrará apenas o sabor do beijo.
Ou o tormento da saudade e desejo.
Quem ouvirá o riso?
Sem o encanto de um sonho de amor?
Se mais nada restar do teu sorriso encantador?
E se os olhos se fecharem,
Sem que suponhas viver?
Sem que sejas feliz de verdade,
Ou por outro motivo, o deixes de ser?
Se acima de tudo,
O amor se perder,
Por simples vaidade,
Ou a vida se exvair,
Sem a tal felicidade.
Sem um retorno na vida,
Que cure qualquer ferida.
Mas sorria, apenas sorria.
Mesmo com o coração cortado.
Se nos meus olhos,
Uma lágrima vier,
Como único resultado,
De um amor, que não demonstrei,
Mas que continuei vivendo,
Até o momento.
Que me servirá de choro...
Porque só amar vale a pena,
Ainda que nesse amor,
Eu descubra apenas um sorriso teu.



Jorge Amaral

domingo, 18 de dezembro de 2016

Perdição preferida

Como eras nos sonhos,
Chegaste ao meu coração.
Tecida de cores,
E cheia de amores.
Teu corpo,
Teu ser,
Como gotas de mel,
Me inspira poesias.
E os sentidos,
Que dão fôlego à vida,
Me deixam sem som.
Minha voz de cala,
Minha visão se perde,
E meu rumo,
Já não sei.
E a vida,
Que de luz se provê,
Linda como ela é,
Menina. moça, mulher.
Com passado, meio presente,
E um futuro ausente,
Faço da vida,
Que bela é,
Um ideal a alcançar,
No balanço ao luar,
Quando o céu quero tocar,
E viver, sonhar e amar.



Jorge Amaral

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Eu acredito



Eu acredito!
Acredito que o amor,
Seja mais que abstrato,
Acredito que o amor,
Seja notável e palpável.
Acredito que o amor,
Seja visível e consumidor,
Que seja feito de detalhes,
Dotado de intimidade.
Acredito que o amor,
Seja o toque da perfeição,
Seja a vida,
A vida do coração.
Acredito que o amor,
Sobreponha à razão.
Eu acredito que o amor,
Seja a escolha certa,
Que seja você, que seja eu,
Que sejamos nós.


Jorge Amaral


quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Tudo de novo

Não fiques assim sem jeito,
Ao ouvir a minha voz.
Teu sorriso me enfeitiça,
E nem tento compreender,
O porquê dessa loucura.
Que denuncia meu eu,
Num total desatino.
E nem sei porque sorrio,
Disfarçando o meu pranto,
Que vem assim, mesmo sem lágrima,
No meu rosto de sonhador,
E que se vê numa justa luz,
Do sonho que realizou.
E mais nada valia a pena,
Aquilo que se fez,
Ou que se desculpou por não fazer.
Apenas o desejo de uma vida toda,
Ou o exagero  daquele momento.
Porque  além de tudo.
Permanece o melhor.
Pele, carne e desejo.

Jorge Amaral