sábado, 8 de julho de 2017

Particularidades



A chuva que cai lá fora,
Molha minh’ alma em silêncio
E o que antes era medo,
Tornara-se pura poesia.
E dado ao conflito do tempo,
Passado, presente e futuro.
O que temos além da imaginação?
Ou mesmo daquilo que teve início,
Mas que nunca tivera um fim.
E como nos julgar indignos,
De um amor tão merecido?
Ou nos deleitar ao certo,
Numa estranha corrente de sonhos,
Indetectáveis aos olhos teus.
Ou viveremos sem visão, sem horizontes,
Apenas abrindo caminho,
Para uma viagem no tempo,
Onde conhecemos o amor e sua doçura,
Na sua forma harmoniosa.
E breve como um soluço.
Até me acender a alma.


Jorge Amaral

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