sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Contradições


Num instante me vejo perdido,
Noutro me encontro em teus braços,
Ora me sinto leve,
Ora me encho de ansiedade.
Há tempo de plenitude do meu ser,
Mas há tempo que excluo essa possibilidade.
Existem em mim, desejos inquestionáveis,
Comungando a fusão da graça e o encanto,
Se te vejo com visão ponderada,
Estás sob a ótica da beleza humana,
Mas se te quero com suas curvas sensuais.
Vem um egoísmo que esmaga minh' alma.
Assim interpreto teu sorriso,
Como um ato de sussurro ou voz inaudível,
Pois não pode haver medo,
Que a tua beldade não pare.
Afasto pois, de mim, todo olhar,
Para num momento, perder a razão,
Me encontrando apenas no teu olhar.
Em cada sonho, em cada estação,
Para então justificar cada gesto,
Como mulher que és. Pura poesia.

Jorge Amaral

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