Foi-se
o tempo, como a lua,
Como
o desejo do que cessou,
Como
novo e velho, mais e menos,
Primavera,
verão, outono e inverno.
Flores
que florescem, chuva que cai,
E
o mundo, outra fez, se unifica nesse tempo.
E
com o passar do tempo, anos a fio,
Trouxe-me
a esperança da mudança na história.
Seu
olhar, cheio de desejo,
Seu
jeito que me enlouquecia,
Seu
perfume, que pregava em meu corpo,
E
a solidão, que por tempos, me alucina.
Vejo
então, na minha excêntrica visão,
A
silhueta da esperada menina,
Que
o tempo trouxe de volta.
Como
o sol que brilha,
Sem
medo, sem demora.
Porque
nada mais importa.
E
25 anos depois,
Ao
dobrar de uma esquina,
Tive
a sensação que nunca fui embora.
Jorge Amaral
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