domingo, 5 de dezembro de 2010

ASAS E RECOMPENSAS


Meu mundo se vai, através da solidão,
Como asas que me levam ao som nostálgico
De uma canção triste.
E sinto aos poucos esvair a minh’ alma
Que me conduz silenciosamente à sombria realidade.
Estou só; me recompondo das dores e fadigas,
Que o coração me ofertou.
E ouço o som, a canção do desespero,
A dor e o medo, frutos da minha franqueza...
Encobrem-me a vista ampla da felicidade.
Vem enfim a tristeza que me suga por dentro,
Deixando-me vazio, ora vivo, ora morto.
Numa vida retratada por sonhos.
Que me conduzem à esperança,
De que tudo terá fim...
Jorge Amaral

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