quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Tudo de novo

Não fiques assim sem jeito,
Ao ouvir a minha voz.
Teu sorriso me enfeitiça,
E nem tento compreender,
O porquê dessa loucura.
Que denuncia meu eu,
Num total desatino.
E nem sei porque sorrio,
Disfarçando o meu pranto,
Que vem assim, mesmo sem lágrima,
No meu rosto de sonhador,
E que se vê numa justa luz,
Do sonho que realizou.
E mais nada valia a pena,
Aquilo que se fez,
Ou que se desculpou por não fazer.
Apenas o desejo de uma vida toda,
Ou o exagero  daquele momento.
Porque  além de tudo.
Permanece o melhor.
Pele, carne e desejo.

Jorge Amaral

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