quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Independência




Numa noite fria,
Madrugada na praça.
Ali, um homem e seu violão,
O som do seu violão,
Um choro, um lamento,
Um grito de dor,
Ao entoar d’uma canção triste,
Uma melodia calculada.
Dorme o mundo sob as estrelas,
Na praça, um ser solitário,
Na companhia do seu violão,
A ouvir o som do seu violão,
O gemido do seu violão.
Seus acordes são causais,
Sua melodia são flores,
Que ornam a noite estrelada,
Ao cair do orvalho frio.
Na praça, o mundo dorme,
Aguardando o alvorecer,
Que vem com luzes reais.
Nasce o dia,
Cala-se o homem,
Dorme o seu violão,
Dorme o homem.


                        Jorge Amaral

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