sábado, 13 de agosto de 2016

MEMÓRIAS

Nas turvas águas de um rio calmo,
Nas areias praianas do rio,
Almas que encontram um alvo,
Vidas envoltas, como libélulas no cio.
E o que as águas espelham,
Se reflete á luz da alma,
E ecoa ao som de murmúrios roucos,
Tal como, uma história de amor,
Contada por excelente narrador,
Acontece o que, numa loucura de fato,
Surge intocável, como no primeiro ato,
O que desperta o primeiro amor.
Delírios e desejos,
Toques e beijos,
Sonhos e euforia,
Respiração ofegante,
Em tudo aquilo que um dia,
Aflora na alma de um amante,
Ao som d' uma canção lírica,
Onde os pássaros mantém a maestria,
E o vento responde pela bateria,
Que recebe o eco no mato,
Trazendo o segundo ato.
Gemido, suspiro e entrega,
Tudo aquilo que do amor, se prega,
Quando se perde numa paixão.
E ali, estão corpos nus,
Na areia, sob o céu azul,
Sucumbe afinal, se exaustão,
Memórias, canções, beijos, paixão,
E o tempo que traz a densa noite
Que busca grudar, desejos tardios,
Ao coração de um menino afoito,
Que arrasta para uma vida de esperança,
Deixando quase ao léu, uma doce criança,
E seu amor, apenas como uma lembrança.

Jorge Amaral

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