sábado, 3 de setembro de 2016

25 aons



Foi-se o tempo, como a lua,
Como o desejo do que cessou,
Como novo e velho, mais e menos,
Primavera, verão, outono e inverno.
Flores que florescem, chuva que cai,
E o mundo, outra fez, se unifica nesse tempo.
E com o passar do tempo, anos a fio,
Trouxe-me a esperança da mudança na história.
Seu olhar, cheio de desejo,
Seu jeito que me enlouquecia,
Seu perfume, que pregava em meu corpo,
E a solidão, que por tempos, me alucina.
Vejo então, na minha excêntrica visão,
A silhueta da esperada menina,
Que o tempo trouxe de volta.
Como o sol que brilha,
Sem medo, sem demora.
Porque nada mais importa.
E 25 anos depois,
Ao dobrar de uma esquina,
Tive a sensação que nunca fui embora.



                                     Jorge Amaral

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