terça-feira, 8 de novembro de 2016

Ah, o tempo...


  


Oh, que saudades que sinto,
Da minha infância vivida,
Da casinha, da tapera,
Onde passei a minha vida.
Do rio de água quente,
Dos currais com gado leiteiro,
Dos amigos que lá ficaram,
E do meu amor primeiro.
Oh, que saudades que sinto,
Da terra onde eu nasci,
Das árvores nas quais subia,
E das vezes que cai.
Do carinho dos meus pais,
Da implicância dos irmãos,
Dos abraços da família,
Que não me sai do coração.
Oh, que saudades que sinto,
Do tempo, em que eu sonhava,
Com uma vida cor-de-rosa,
E um grande amor, esperava.
Da beleza das canções,
De viver com nostalgia,
De apertar o coração,
Por um amor que partia.
Do jardim, das flores belas,
Do meu descanso com paz,
Do sol entrando pela janela,
Do passado que não volta mais.





Jorge Amaral

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