quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Um beijo, um adeus!



Naquela tarde vespertina,
Uma brisa fria tocou meu rosto,
E afagou minha alma sequiosa.
E uma lágrima...
Apenas uma lágrima optou por selar nosso beijo.
À beira do rio, chorávamos,
Tínhamos como testemunhas,
O tronco de uma árvore ressecada,
Pelo sol que castiga.
E a areia,
Na qual nos assentávamos,
Para que recebesse o nosso beijo apaixonado.
Talvez o suor tenha brotado,
Do meu rosto,
Talvez seja resposta à loucura,
Que o nosso amor,
Ainda hoje, nos proporciona.
E o desespero passou despercebido,
Ao palpitar dos nossos corações.
Quando enfim, nos convencemos,
De que o amor se tornara louco,
Despedimos-nos.
Para nos reencontrarmos,
Sob a provisão do Senhor,
Apenas na suspensão do tempo,
Um amor que passou por várias renúncias,
E que por um momento, fora abandonado,
Por um beijo...
Um beijo, um adeus!

                                                      Jorge Amaral

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