domingo, 13 de novembro de 2016

No tempo certo



No tempo da minha indecisão,
Enquanto mesclava sonhos e desejos.
Uma imensidão de controvérsias,
Cobria minha alma triste,
Onde os olhos, quase dormentes,
Que se desaguavam num choro firme,
Olhavam a partida da moça calma,
Que desbravava uma estrada de terra,
E que, se cobria com  a poeira causada,
Pelo correr dos animais que a cercavam,
Como quem  adora um ídolo.
Ela se foi...
Deixando apenas a saudade,
Mas foi no tempo certo.
A mulher, que fora menina,
Que amara como quem ama o sol,
Agora se vai, até o fim da curva.


                                     Jorge Amaral


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